Alguns acontecimentos recentes me fizeram parar pra pensar sobre mudanças, fico me questionando, será que elas são mesmo necessárias? Quando se está satisfeita com tudo, feliz com a vida como está, seria comodismo não batalhar por mudança mesmo que seja pra melhor?

Admito ser uma pessoa muito resistente neste aspecto, gosto de ter uma rotina e fico meio paranoica quando tenho que mudá-la por algum motivo, como todos sabem, passei por uma reviravolta radical(pelo menos pra mim) na virada de 2013 pra 2014, sofri um bocadinho pra me readaptar, mas reconheço que estou bem melhor agora.

Mas e hoje? Avaliando meu cotidiano atual, seria muito comodismo meu não pretender “melhorar” em nada? Será que me tornei uma pessoa acomodada e egoísta por não querer sair da minha zona de conforto?

Essa é uma das minhas metas pra 2014, quero cada vez mais abraçar os desafios sem tê-los como empecilhos, pois sempre que me permito sair desta zona de conforto, tenho obtido resultados satisfatórios, o lance agora é focar no que vale a pena mudar.

Então resolvi me dedicar um pouco mais no que já está dando certo (vida saudável, ciclismo) e avaliar se vem ao caso mudar algo na minha vida profissional, sinto muita necessidade de passar mais tempo com meu filho, minha família, me sinto cada vez mais distante de todos e isso me incomoda imensamente.

Consegui finalmente abrir uma janelinha no meu plano de saúde pra ter acesso a consultas com psicólogo, acho que isso vai me ajudar muito, já que não converso muito sobre meus problemas com ninguém, com medo de ser inconveniente.

Pois bem, veremos o que vai rolar né? O importante é ser feliz e estou sempre em busca disso.

Acho até engraçado quando anuncio nas redes sociais que estou num shopping, numa determinada loja ou num bazar e recebo comentários do tipo:

“Comprou muita coisa?”

“Deve ter estourado o cartão de crédito heim?”

 “Nos mostre tudo que você comprou”

As pessoas tem uma ideia de mim que sou extremamente consumista e que saio comprando tudo que vejo pela frente, quando na verdade a coisa é bem diferente.

Talvez essa imagem de "Carlinha Consumista" venha por conta da variedade de looks do dia (que a maioria de vocês pensam que são sempre peças novas) ou mesmo por eu gostar de estar variando nas maquiagens e dando dicas de novos cosméticos, sei lá.

Pra ser sincera, não lembro a última compra de supérfluo que fiz, como todos devem saber, eu ganho muitas coisas, de diversas lojas e diversas marcas pra testar, usar e falar pra vocês a minha opinião, muita coisa nem chego a mencionar por aqui, pois se eu fosse falar de tudo que eu recebo, teria que ter uns três posts por dia pra poder atualizar e não é esse meu intuito.

Depois que fui mãe, passei a ser uma consumidora mais consciente, acho tudo muito caro e sempre comparo o preço com algo que meu filho esteja precisando e acabo não me dando ao luxo de fazer a aquisição (por que vocês acham que eu demorei tanto pra comprar minha lavadora de roupas???).

Quando preciso comprar algo, sempre vou primeiro em brechós, desapegos, lojas de departamento, que as coisas são bem baratas e geralmente encontro tudo que eu quero.

Minha prioridade é sempre meu filho, ele estando bem, num colégio bom, com aquele brinquedinho que ele passou o mês inteiro me pedindo sempre que passava no comercial (se ele tiver com as notas ok no colégio, é claro) e sobrar uma graninha no final do mês depois disso tudo (sonha Alice), aí posso pensar em algo que eu queira comprar.

A verdade é que sou mão de vaca mesmo assumida, acho que trabalho duro demais pra ficar gastando com besteiras e não vejo motivo pra comprar coisas que não esteja precisando, tipo: Se eu ganho tanta maquiagem, eu vou comprar mais pra quê, criatura desunerada??? Pra quê???

É muito comum hoje em dia, blogueiras serem taxadas de fúteis, superficiais e desocupadas, coisa que me chateia muito, pois não considero que me encaixe em nenhuma dessas situações.

Eu gosto de me vestir bem, de me maquiar, de cuidar do meu corpo, cabelos, pele, de estar antenada com a moda, enfim! Sou uma mulher comum que gosta de se sentir bonita e encontrou na internet uma maneira de divulgar isso no intuito de ajudar outras pessoas e aprender um pouco mais, só isso!

Na época de escola, eu era gordinha, estudiosa e por conta disso, não tinha muitos amigos, como naquele tempo não existia internet eu me refugiava nos meus diários.

Quando cresci, comecei a trabalhar com uma coisa que sempre gostei e sempre me destaquei, que são números e como todos sabem, trabalho administrativo é um trabalho muito solitário, na maioria das vezes entediante, então eu senti novamente essa necessidade de ter um outro meio em que eu pudesse falar de  coisas “menos importantes”, foi quando comecei com meu diário virtual, me surpreendi com a quantidade de pessoas que se identificaram com o meu cotidiano, que viviam situações parecidas e assim como eu buscaram no mundo virtual um refúgio, uma ajuda.