Tic, tac, tic, tac...
Após uma consulta com minha nova ginecologista (que diga-se de passagem é ÓTIMA!), fiquei toda pensativa por conta do nosso papo.
Cheguei lá em busca de novos métodos contraceptivos, tentando fugir dos anticoncepcionais orais diários, que já venho tomando a muito tempo e fui surpreendida pelo assunto sobre o tempo.
Assunto este que até então nunca tinha me incomodado, chegando até a me deixar orgulhosa quando perguntavam minha idade e eu respondia cheia de orgulho já ter passado dos trinta.
No final de nossa conversa, após ela me apresentar todas as opções contraceptivas menos maléficas ao meu corpo, veio aquela pergunta fatídica...
"Mas já não está na hora de você pensar no segundo filho e deixar de lado essa história de se prevenir de uma gravidez?"
Pausa dramática...
Com um pouquinho (pouquinho nada, me derramei em lágrimas) de choro.
Expliquei pra ela toda minha situação, que o coração me manda a toda hora ter mais um filho, mas a razão me apunhala sem dó nem piedade me mostrando por A+B que não é um momento propício.
Foi quando ela começou a me falar sobre o tempo...
Tempo este que não me pertence mais, que me fez ver o mundo de forma diferente e me deixou menos esnobe por já ter trinta e quatro anos e mais disposição que uma mulher de dezoito.
Costumava brincar, dizendo: "Tenho trinta e quatro anos, mas não me troco por duas de dezessete".
Retiro tudo que disse.
Uma mulher de dezessete anos pode se programar e começar a pensar a época em que quer engravidar.
Uma mulher de dezessete anos pode não querer pensar neste assunto agora, por ter muitos anos pela frente pra decidir, já que este não é o momento.
Uma mulher de dezessete anos pode sonhar...
A frase: "Sua decisão, tem que ser tomada agora, já que se for esperar, pode ocorrer riscos nos quais não temos como evitar."- Foi aquele banho de água fria, que eu não estava preparada pra aceitar.
Eu sei que várias e várias pessoas tiveram seu segundo ou terceiro filho muito mais "velhas" que eu e que tudo foi tudo bem e blá, blá, blá, mas me conhecendo do jeito que conheço, não vou querer arriscar.
Então é com este post regado à mais lágrimas, contrariando tudo que eu planejava, venho informar que serei oficialmente mãe de um filho só.
Pois o meu tempo se esgotou...
Nossa por isso sou fã viu VC escreve aquilo que queremos mais não temos coragem...passando por isso nesse momento sou nova e sei que pra mim o tempo ainda não esgotou mais se eu tbm não me decidir logo meu tempo irá se esgotar tbm. Estamos indo para o mundo de filhos únicos.
ResponderExcluirVai dar certo minha gata, mil beijos
ExcluirNenhuma mocinha de 17 anos terá com ela sua bagagem e história de vida Carlinha linda do meu coração. Tudo que vc conquistou nos seus 34 anos forma a linda história de sua vida. A maternidade vc vivencia todos os dias, teve uma gestação, são fases da vida e vc não pulou essa etapa, já a vivenciou, sabe como é, passou pelas alegrias e dores do parto. E Nandinho tá aí pra preencher a vida de vocês e é vida que segue, logo ele cresce mais, virão os netos e vc e seu marido vão vivendo a vida de vocês, você têm o direito de viver pra vocês também, curtir literalmente a vida de cada um de vocês. Não se troque por duas de 17 jamais, sua experiência a maturidade nunca chegarão aos pés de uma menina de 17. Eu jamais me trocaria. A vida é curta demais, o tempo curto demais para ficarmos tão cheios de preocupações. VIVAMOS O AGORA. Fique com DEUS.
ResponderExcluirObrigada pelo apoio de sempre, flor! Mil beijos.
ExcluirCarlinha, temos a mesma idade, e sobre o tema "maternidade", penso beeeem diferente de vc. Nunca quis ter filhos, sofro pressões de toda natureza, e questiono a mim mesma sobre os motivos pelos quais não intenciono por um ser no mundo... porém, há uma coisa que precisa ficar clara: decisões implicam em abrir mão de outras coisas. Se ao decidir não ter outros filhos você chora, poderia tentar ver por outra perspectiva. Por exemplo: o Nandinho poderá ter boas oportunidades escolares, profissionais e afins, o que ficaria bem prejudicado caso vc decidisse ter outra criança. Também pondero o fato de que, a essa altura do campeonato, fazer malabarismos para gerenciar um bebê e um adolescente seria uma doidera!
ResponderExcluirAi, flor, desculpa vir aqui e falar... mas creio que, quando o impacto inicial da decisão passar, vc vai ver mais nitidamente que fez uma escolha sensata. Bjs.
Quando digo que tenho as melhores leitoras do mundo, não poderia estar mais certa, grata demais por suas palavras amore, bjos.
ExcluirNão concordo, eu tbem tenho 34 anos, um filho de quase 9 anos e meu tempo não se esgotou! Estou me preparando para o 2º filho com meu corpo tudo em ordem. Ainda há tempo se vc quiser.
ResponderExcluirAntes de ler os comentários eu ia falar algo bem diferente, mas parece que realmente a voz do povo é a voz de Deus. Saiba que Deus estará em qualquer das decisões que você fizer, seja para lhe ajudar a ter mais um(a) filho(a), economicamente, fisicamente ou o que for, assim como estará contigo na decisão de permanecer em um só. Eu acho bem complicado uma pessoa que já teve um filho e quer ter outro, ter que desistir... Pra mim a questão seria mais um olhar de fé e ver também qual a vontade de Deus. Entendo que nós temos muito medo, em tudo, mas o medo só serve para nos paralisar e não lutar pelo que realmente queremos, pelos nossos sonhos, etc. Nós optamos pela comodidade, pelo que já temos, pelo fácil. No meu caso eu sei que só vou querer ter uma filha, desde logo e só terei um a mais se o primeiro for menino (mas vou fazer tudo que posso pra ser menina hahaha), então eu sei que uma mente obstinada consegue tudo o que quer. Se você está totalmente decidida, perfeito, senão, ficam aqui minhas palavras. Deus te abençoe em toda e qualquer situação!!
ResponderExcluirBjobjo,
Flor.